WhatsApp Image 2025 02 17 at 14.15.23 cooperacaoA informação foi avançada hoje, em Maputo durante a reunião que a Ministra das Finanças Carla Loveira manteve com a Directora Regional para África Austral, Cláudia Conceição.

O encontro tinha como agenda a análise do envolvimento da Corporação Financeira Internacional (IFC) no âmbito da sua estratégia de actuação em Moçambique, e do alinhamento do seu programa ao novo Ciclo de Governação 2025-2029, bem como explorar novas áreas de apoio e financiamento.

Claudia Conceição fez referência as áreas de actuação do IFC com particular destaque para projectos estruturantes e rentáveis por via de financiamento em participação de capital posteriormente repassado ao Estado Moçambicano; Apoio a processos de privatização; estruturação de Parceirias Público Privadas; bem como ao reinforço da infraestrutura financeira e ecossistemas de digitalização e inclusão financeira.

Moçambique é considerado o "País prioritário", ou seja o primeiro entre os Focus Countries e a aposta da IFC no pais é investir nas áreas prioritárias, disse.

A Ministra das Finanças saudou o apoio que a IFC tem concedido ao Governo nas áreas mais sensíveis ligadas ao Sector Privado, Apoio as Pequenas e Medias Empresas, bem como em projectos estruturantes na área de infraestruturas e energia incluindo a sua Participação de 5% no Projecto de Construção da Barragem de Mphanda Nkuwa, futuramente repassada ao Governo.

A titular das finanças reitorou o compromisso do novo Governo em continuar a trabalhar com os parceiros tradicionais como a IFC com vista a implementar reformas para o crescimento inclusivo e o alcance da estabilidade económica num contexto de muitos desafios resulantes das convulsões sociais. 

Convidamos a IFC a apostar com maior visibilidade na reestruturação do sector financeiro, no que concerne a redimensionamento dos diferentes Fundos Publicos existentes e ainda os que se predendem criar para facilitar o acesso ao crédito e na redução do risco bem assim no Projecto sobre a criação do Banco de Desenvolvimento. A Dirigente convidou ainda o IFC a apoiar o Governo na dinimazação de Mercado Secundário de Capitais.

Por seu turno, a Directora Regional reiteirou o compromisso em trabalhar com a nova gorvenação tendo sublinhado as areas mencionadas pela Ministra como aquelas que vão de encontro ao Programa do IFC.

Até 31 de Dezembro de 2024, a IFC contava com um portifólio total de investimento em Moçambique no valor de USD 180,400,000.0, beneficiando as áreas financeiras de infraestruturas do sector de energia, manufactura, agricultura e serviços. Ademais, para área de assistência técncica, a IFC já financiou projectos no montante de USD 10,300,000.0, para área de agricultura, transporte, electricidade, financeiro e seguros.

Refira-se que a IFC concede financiamento até ao máximo de 25% do valor total de um determinado projecto.

IMG 20250218 093842 014 acordo 1O Governo de Moçambique e o Governo da República Federal da Alemanha assinaram esta manhã, em Maputo, um acordo de Subvenção para o apoio financeiro para o Projecto de Donativo para Plantas Mini-Hídricas de Lichinga e Cuamba, na Província do Niassa.

Pretende-se com o presente acordo de subvenção no montante de EUR 17,000,000.0 (Dezassete  milhões de Euros) pelo KfW,  reabilitar o local  multi-tecnológico para energias renováveis (plantas mini-hídricas) através da Electricidade de Moçambique  (EDM), entidade beneficiária, agência executora do projecto.

De acordo com o Secretário Permanente do Ministério das Finanças, em representação da Ministra das Finanças, a mobilização do financiamento para a materialização da reabilitação e expansão das plantas mini-hidricas na província do Niassa irá seguramente contribuir no melhoramento de serviços de actividades económicas pelos operadores locais, bem como o acesso à energias alternativas às populações locais no âmbito dos pilares da transformação estrutural da economia, transformação  social e demográfica e da governação.

Em nome do Governo da República de Moçambique, endereçamos  os nossos agradecimentos ao Governo alemão pela prontidão e consistência nas alocações financeiras e assistência técnica na construção e reabilitação de estradas, mercados, edifícios administrativos, protecção contra os efeitos das alterações climáticas, e com maior destaque para a electrificação do País, anotou Domingos Lambo.

Por seu turno, o Embaixador da República da Alemanha em Moçambique, Ronald Münch destacou que o Projecto Multi-Tecnológico de energias renováveis em Cuamba e Lichinga moderniza as centrais hidroelétricas existentes e fornece a capacidade adicional  de geração de energia solar fotovoltaica, faz uso de energia renováveis disponíveis localmente e amigas do clima em Moçambique. Assim, melhora o fornecimento de energia à população da província do Niassa, especialmente nas cidades de Cuamba e Lichinga. Ė para mim uma grande honra testemunhar a assinatura deste acordo de financiamento para apoiar a reabilitação e aumento da capacidade das centrais hidroelétricas de Cuamba e Lichinga, as duas únicas centrais hidroelétricas da EDM no norte do País.

IMG 20250218 093812 319 acordo 3Munch anotou ainda que a cooperação alemã para o desenvolvimento está a financiar o projecto com um donativo de 17 milhões de euros, além disso, o projecto é classificado como Projecto Emblemático da Iniciativa Global Gateway 2025 da União Europeia (UE). O Global Gateway é um esforço conjunto da UE e dos Estados Membros, como a Alemanha , para apoiar importantes projectos de infraestruturas para o desenvolvimento, em países como Moçambique.

Com uma carteira de 274 milhões de euros, a Alemanha está entre os três principais parceiros de cooperação no sector energético em Moçambique. Partilhamos uma cooperação fiável e frutífera com a EDM há muitos anos, sublinhou o governante.

No mesmo diapasão, na qualidade de gestor do projecto o Presidente do Conselho da Administração da EDM, Joaquim Ou-chim, sublinhou que a EDM, como agência de implementação, reconhece a relevância e impacto do apoio do Governo alemão na electrificação do País, resultante dos continuados esforços para a mobilização de fundos por parte do Governo de Moçambique, através dos Ministérios das Finanças e o dos Recursos Minerais e Energia.  

Para o PCA, as Mini-Hídricas de Cuamba e Lichinga, comissionadas e em operação desde a década 80, têm as suas componentes principais degradadas e, por isso, produzem energia muito abaixo de sua capacidade instalada, limitando a rápida expansão e fornecimento de energia eléctrica à população daquelas regiões.  Assim, com este financiamento, a reabilitação e modernização daquelas infra-estruturas, irão incrementar a produção de energia dos actuais 3000 para 3900 MegaWatts/hora (MWh), por ano. Outrossim, a intervenção nas Mini-hídricas contribuirá para a estabilidade do sistema elétrico, em particular na Província do Niassa, tendo em conta que a Região Norte depende apenas de uma e única Linha de Transporte de Energia, proveniente da Subestação de Matambo, em Tete. Esta Linha de Transporte de Energia é muito extensa, sendo que, em caso de qualquer indisponibilidade, toda a Província de Niassa poderia registar limitação do fornecimento de energia eléctrica às populações.

Reafirmamos o nosso compromisso, diante do Governo e dos parceiros de cooperação, em continuar a expandir a Rede Eléctrica Nacional para todos os cantos de Moçambique, em particular para as nas zonas rurais e peri-urbanas, visando alcançar o Acesso Universal à Energia, até 2030.

IMG 20250212 WA0175 11 vulcano 1Com objectivo de fortalecer a pareceria entre a Vulcan Mozambique e o Governo de Moçambique, Carla Loveira, manteve um encontro de cortesia com o Chief Executive Officer (CEO) da Vulcan, Dr Mukesh Kumar e o Director Executivo, o senhor Anoop Kumar, de quem recebeu as felicitações pela nomeação.

Num encontro que contou com a presença de funcionários das finanças e da Vulcan, foram temas de debate assuntos relacionados à instituição mineira global fortemente comprometida com a sustentabilidade e bem-estar da comunidade de Cateme-Moatize. O CEO da Vulcan enfatizou sobre a não paralisação das actividades mineradora não obstante os danos causados pelas manifestações pós-eleitorais e pela manutenção de força laboral cuja maior parte é moçambicana.

IMG 20250212 WA0170 1 vulcano 2O Senhor kumar partilhou como perspectivas para os próximos anos os investimentos em torno de 1 bilião de USD que a Vulcan pretende realizar nos próximos anos na área de sustentabilidade ambiental, reciclagem de resíduos de mineração e a sua transformação e energias renováveis.  

Na ocasião, a Ministra saudou a intenção dos dirigentes tendo sublinhado que o Governo está pronto para cooperar com a instituição. Estamos orgulhosos em receber a V.excia para darmos continuidade aos trabalhos que vinham desempenhando olhando agora com mais afinco para as questões de sustentabilidade ambiental. Há necessidade de documentar todo o processo de forma a seguir cuidadosamente com os passos subsequentes, elucidou.

Os investimentos realizados pela Vulcan Mozambique estão na ordem dos 2.5 mil milhões de USD.

Acordo com Iraque I 1Moçambique acaba de alcançar um perdão em 80% do total da da sua dívida junto à República do Iraque. Os restantes 20% foram reprogramados por um período de 15 anos precedidos por um período de graça de 4 anos (período de 2029-2043).

A dívida foi contraída no quadro da longa e histórica cooperação mútua nos anos 1979 e 1980 no valor total de 60.257.715,48 de dólares americanos, visando o fornecimento de petróleo.

Acordo com Iraque II 2Entretanto, tendo em conta as dificuldades que o país tem enfrentado com impacto negativo na economia e, que condicionam o cumprimento das suas obrigações de lá para cá, a dívida junto a este credor contabilizou em cerca de 320.163.570,04 milhões de dólares americanos.

Com este alivio, significa que Moçambique fica perdoado em 256,130,856.04 dolares americanos. As negociações que culminaram com o alivio da divida de Moçambique junto a Iraque decorreram no período de 02 a 06 de Fevereiro de 2025, em Abhu Dhabi, Emirados Arabes Unidos.

Da Parte Moçambicana integraram a delegação às negociações Quadros Seniores do Ministério das Finanças, e o Conselheiro Económico e Comercial de Moçambique em Portugal e Espanha. Da Parte Iraquiana Integraram a delegação Quadros do Ministério das Finança, dos Negócios Estrangeiros e do Banco Central.

P864A7018 2A Ministra das Finanças Carla Louveira, recebeu hoje dia 21 de Janeiro do Ex-Ministro da Economia e Finanças Adriano Maleiane, as pastas da área das finanças onde recentemente foi nomeada para dirigir.

No discurso da entrega de pastas, Maleiane disse que este momento é importante porque a nossa Vice-Ministra foi promovida para liderar os destinos das Finanças do país. " Estamos num momento diferente no país mas, sei que vai tomar a direcção certa e eu estarei do outro lado contribuindo para o crescimento da nossa Economia", frisou

A Ministra da Finanças Carla Louveira, agradeceu ao Ministro cessante pelo apoio na missão incumbida e reconheceu o valor dos quadros do Ministério. “ Trabalhar com o Ministro da Economia e Finanças e depois 1˚ Ministro, foi uma elevada honra e, pedimos o apoio dele mesmo estando fora do Governo”, Disse.

Na ocasião, o Secretário Permanente, Domingos Lambo, fez a entrega de pastas do Ministério, afirmando que convocou o Consultivo do Ministro, alargado aos Directores Adjuntos e Chefes de Departamentos Autónomo para testemunhar a cerimónia de apresentação e entrega de pastas.

Em nome dos funcionários do Nivel Central e Provincial, agredeceu aos ensinamentos dado pelo Ex-Ministro e que os desafios do Ministério continuam em prol do desenvolvimento do país.

imagem salvaguardas ambientais1Técnicos de várias áreas do Ministério, participaram de 13 a 17 de Janeiro na Ponta de Ouro- Província de Maputo, no workshop sobre salvaguardas ambientais e sociais e o mecanismo de gestão de queixas e reclamações (MGQR).

O evento organizado pelo Projecto de Gestão de Recursos Públicos para Prestação de Serviços (GEPRES), tinha como objectivo munir os pontos focais de ferramentas sobre a recolha e gestão de queixas e reclamações.

No discurso da abertura, Rebeca Melo, especialista em comunicação e afecta ao GEPRES, disse que o MGQR foi criado para responder a perguntas, esclarecer questões, e resolver problemas sobre a implementação e reclamações de indivíduos ou grupos interessados e afectados pelas actividades do projecto.

Melo, ressaltou a importância do evento para o fortalecimento do compromisso da organização com a sociedade. Acreditamos que a promoção de práticas sustentáveis, seguros e saudáveis no ambiente de trabalho, é fundamental para garantir um futuro melhor para as próximas gerações, salientou.

O Especialista em salvaguardas ambientais, António dos Santos, falou da necessidade do envolvimento de todos beneficiários do projecto, na apresentação de queixas e reclamações com objectivo de ver suas actividades financiadas e obter resposta para melhoria na sua implementação.

Falou ainda do estabelecimento de uma base de dados sólido para a implementação do projecto e garantir a participação activa de todas as partes.

O evento proporcionou uma visão mais ampla dos desafios e oportunidades na área de salvaguardas.

BENS3O Ministério da Economia e Finanças, (MEF) através do Gabinete de Gestão de Activos (GGA) procede hoje, 02 de Dezembro de 2024, na cidade de Maputo à venda em hasta pública por meio de leilão de bens públicos apreendidos  nos últimos anos e que contam com um desconto de 30 por cento do valor de avaliação.

Este evento decorre no auditório “B” do edifício do MEF, na Avenida Julius Nyerere e visa a alienação de bens confiscados ao abrigo do Regime Jurídico Especial de Perda Alargada de Bens e Recuperação de Activos, conforme estipulado na Lei n.º 13/2020 e no Regulamento de Gestão de Activos.

Trata-se do terceiro evento a decorrer este ano onde vários bens estão disponíveis  com destaque para 49 viaturas das mais variadas marcas e cilindrada, nove tractores, mobiliário de habitação, postos de transformação de energia electrica, contentores, atrelados, maquinas pesadas e bicicletas profissionais.

Com esta iniciativa, o Governo pretende aumentar a transparência e a eficiência na gestão dos bens recuperados, promovendo a sua venda pública para fortalecer as Finanças Públicas e contribuir para o combate ao crime económico. O processo de venda está sendo conduzido através de lances verbais, bem como propostas apresentadas em carta fechada, permitindo uma disputa entre os interessados para aquisição dos referidos bens.

BENS 2Refira-se que foi divulgado um edital pelo GGA, no qual está patente que os participantes interessados devem cumprir determinados requisitos, com destaque para a apresentação de documentos como o Bilhete de Identidade ou o Documento de Identificação e Residência para Estrangeiros (DIRE). No caso de pessoas colectivas, é obrigatório apresentar a certidão de registo comercial e o Número Único de Identificação Tributária (NUIT).

O processo de adjudicação será realizado durante uma sessão pública, onde os concorrentes poderão apresentar lances verbais para garantir a compra do bem pretendido. Os bens serão atribuídos a quem apresentar a proposta mais elevada. Os vencedores poderão optar por liquidar o montante total do bem arrematado ou, alternativamente, efectuar o pagamento de 10% como sinal, comprometendo-se a pagar o valor remanescente num prazo máximo de 15 dias após a adjudicação.

cabo delgado 1Foram apresentadas no dia 19 de Novembro de 2024 no hotel expresso em Pemba,   as principais realizações do quinquénio 2020-2024 na IX Sessão Ordinária do Conselho Provincial de Coordenação, alargada aos Administradores Distritais, Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Pemba acompanhado pelos  vereadores.

A Directora Provincial do Plano e Finanças de Cabo Delgado, Leonor Diogo Correia dirigindo-se aos presentes, frisou que o contexto socioeconómico nos últimos 5 anos, foi marcado por adversidades inerentes aos impactos da acção dos terroristas, condições agro-climatéricas adversas,  inundações em algumas zonas (distritos de Namuno, Balama, Ancuabe, Palma, Mecúfi e Metuge), eclosão da lagarta do funil na Província e a pandemia de Covid-19.

cabo delgado 2No geral, a execução do Programa Quinquenal 2020-2024, tem uma avaliação positiva, com uma execução de cerca de 98%, o que dá indicação que até ao término do quinquénio as metas serão atingidas em 100%, sublinhou a directora, destacando a produção global média valorizada assim como a produção industrial, os esforços empreendidos com vista a ajuda humanitária aos deslocados internos resultantes da acção dos terroristas, visando prover condições condignas de assistência em diversas necessidades, a disponibilização de alimentos a fim de garantir a segurança alimentar e nutricional resultante do apoio aos produtores em insumos agrícolas, pecuários e pesqueiros e as acções de construção e reabilitação de vias de acesso em toda a província. Ademais, a fonte destacou ainda a questão do esforço coordenado entre o Governo e Parceiros para o regresso da população às suas zonas de origem (Mocímboa da Praia, Macomia, Quissanga e Palma).

Importa referir que para o último ano de implementação do PQG, há necessidade de continuar a vigiar e a combater aos inimigos da paz que semeiam luto e dor nas famílias. Estamos conscientes e encorajados pelos avanços e sucessos que as forças conjuntas de defesa e segurança obtiveram no retorno das populações para as suas zonas de origem, embora haja volatilidade da segurança, o retorno do fluxo normal das actividades económicas e sociais.

BVM svO Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), SA, Salim Valá, defendeu, no passado dia 18 de Novembro de 2024, em Maputo, que a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), como uma instituição emblemática no concernente ao ensino, investigação e extensão, deve estar orientada para responder aos anseios e demandas da sociedade e do sector produtivo, enfatizando que as Universidades devem acolher Incubadoras de Empresas, para funcionarem como nichos de excelência na preparação prática de futuros empreendedores e empresários.

Valá falava no âmbito da comemoração dos 10 Anos da Comunidade Alumni da UEM, tendo referido na ocasião que numa sociedade de conhecimento, o papel da UEM é ainda mais relevante por ser chamada a trazer contribuições concretas para solucionar os problemas mais prementes do país, nos domínios das infraestruturas resilientes aos eventos climáticos extremos, na melhoria dos serviços de saúde e educação, na produção agrícola e pecuária, no fomento da industrialização, na promoção do empreendedorismo, da justiça, da cidadania e da democracia, entre outras áreas.

A comunidade de graduados pode funcionar como uma rede  epistémica de partilha de conhecimentos, saberes, vivências e experiências que contribuam para materializar o princípio de aprendizagem ao longo da vida, e traga novas valências e aportes técnico-científicos para a UEM.

Na sua alocução, o dirigente referiu que formou-se na Faculdade de Letras e na Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal (FAEF), e já foi docente na Unidade de Formação e Investigação em Ciências Sociais (UFICS ), Faculdade de Letras e Ciências Sociais (FLCS), FAEF e na FACECO, tendo destacado que a Comunidade Alumni é uma plataforma vital para o estabelecimento de conexão permanente entre a UEM e os graduados, com benefícios mútuos para as partes. Por exemplo, a BVM, SA celebrou um Memorando de Entendimento com a UEM, tendo em vista promover a literacia financeira, estimular a formação de quadros sobre assuntos relacionados com o mercado de capitais, estimular a investigação e procurar soluções para resolver o problema de difícil acesso ao financiamento pelos pequenos empreendedores.

BVM sv2Durante o debate, Valá reconheceu que há necessidade de continuar a trabalhar para que as Micro, PME's - que representam cerca de 98% da paisagem empresarial moçambicana - possam ter mecanismos apropriados de financiamento calibrados para a situação concreta dessas empresas. Muitos empreendedores, em particular as mulheres e jovens a operar no sector informal, não conseguem viabilizar as suas ideias de negócios por falta de financiamento, insuficiência de capacidade técnica e de gestão, além de deficientes ligações de mercado e défice de infraestruturas económicas. Precisamos de seguir o conselho do Prof. Muhammad Yunus, autor do livro "O Banqueiro dos Pobres" e laureado em 2006 com o Prémio Nobel da Paz, ao rematar que as mesmas instituições que fizeram a pobreza emergir e afirmar-se, não serão elas a contribuir para a sua erradicação. É preciso adoptar medidas criativas e arrojadas para implementar novas abordagens e enfoques, e ter a coragem de implantar instituições que ajudem a acabar com a fome, a pobreza, reduzir as desigualdades sociais e espaciais e gerar mais empregos de qualidade.

O evento foi dirigido pelo Magnífico Reitor da UEM, Prof. Doutor. Manuel Guilherme Jr, tendo contado com a presença da Presidente da Assembleia da República, Esperança Bias, da Presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro, e de muitos outros Alumni (graduados) de diferentes cursos e gerações da UEM.

SISTAFEO Ministério da Economia e Finanças, através do Centro de Desenvolvimento de Sistemas de Informação de Finanças, (CEDSIF), está a realizar um workshop que se enquadra nas celebrações dos 20 anos do lançamento da Plataforma Informática do Sistema de Administração Financeira do Estado, conhecido por e-SISTAFE, sob o Lema, “20 Modernizando os Processos de Gestão das Finanças Publicas Para Melhor Servir ao Cidadão”.

O evento de cinco dias, visa trazer uma resenha histórica dos processos de Contratação Pública, Planificação e Orçamentação, evolução da Prestação de Contas com Recurso à Informação disponibilizada pelo e-SISTAFE, ao longo dos 20 anos da sua implementação e junta em Maputo, entidades do Governo, Associação Nacional dos Municípios, CTA, Parceiros de Cooperação, Sociedade Civil, Movitel e Vodacom, dentre outros.

Na sessão de abertura, Amilcar Tivane frisou que o Governo de Moçambique, lançou em 2001, a Estratégia Global da Reforma do Sector Público 2001 – 2011 (EGRSP), um instrumento que tem a sua continuidade na Estratégia da Reforma e Desenvolvimento da Administração Pública (ERDAP) 2011 – 2025. Estas estratégias visavam desencadear um processo planificado e integrado de reforma do sector público na transformação das políticas económica, social e institucional de forma contínua, gradual, pragmática, dinâmica, participativa e transparente.

Para o dirigente, a reforma idealizada na EGRSP reuniu as premissas necessárias para o estabelecimento do SISTAFE como parte de um esforço abrangente de reforma financeira para melhorar a gestão das Finanças Públicas e aumentar a transparência e a eficiência na administração dos recursos do Estado. A implementação do SISTAFE teve como base a Lei do SISTAFE, promulgada em 2002, que definiu os princípios e as diretrizes para a Gestão Financeira do Estado. A aprovação da Lei nº9/2002, de 12 de Fevereiro, cria o SISTAFE, e tinha como objectivo, garantir a harmonização das regras e procedimentos de programação, gestão, execução, controlo e avaliação dos recursos públicos de forma integrada e transparente, pondo fim deste modo, ao antigo Sistema Financeiro da Administração Pública, alicerçado pelo Regulamento da Contabilidade Pública de 1881 e Regulamento da Fazenda de 1901.

No seu entender, esta reforma, conduziu ao estabelecimento, em 2004, da plataforma tecnológica de suporte ao SISTAFE, denominada e-SISTAFE, constituído por um sistema integrado e pela tecnologia de suporte ao sistema, que suportam os procedimentos da Gestão das Finanças Públicas, desde a planificação até ao pagamento da despesa, incluíndo a monitoria e avaliação dos mesmos.

Actualmente, o e-SISTAFE é composto por 11 módulos informáticos, todos operacionais com a excepção de um módulo, o de Auditoria Interna, que se encontra em desenvolvimento. A operacionalização do e-SISTAFE consistiu na introdução da Conta Única do Tesouro (CUT), consolidando a Unidade de Tesouraria, na abolição do Titulo como instrumento de pagamento ou de provisão de recursos, na Contabilidade Pública por Partidas Dobradas e no estabelecimento de transacções em tempo real entre as Direcções Nacionais, Direcções Provinciais do Plano e Finanças e a CUT baseada no Banco de Moçambique, sublinhou.

SISTAFE 2Tivane assegurou que não obstante os sucessos e impactos obtidos com o e-SISTAFE até esta fase, a sua disponibilização apresenta seus desafios, essencialmente, de melhoria contínua para a sua consolidação e adequação às novas exigências e necessidades crescentes e diversificadas das instituições públicas, com destaque para o Desenvolvimento da componente de contratações públicas no Modulo do Património do Estado, desenvolvimento do Módulo de Gestão da Dívida Pública e Módulo de Gestão de Financiamento, modernização da infraestrutura tecnológica de suporte, com integração de novas tecnologias, para conferir maior eficiência, flexibilidade e escalabilidade ao sistema, como é o caso da inteligência artificial, big data e blockchain, expansão do e-SISTAFE nas Missões Diplomáticas e Consulares e a adopção de Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Sector Público (IPSAS).

Ė destaque para o primeiro dia de actividades temas como a Planificação e Orçamentação Participativa, Evolução da Prestação de Contas com Recurso à informação Disponibilizada pelo e-SISTAFE, Contributo do e-SISTAFE para o Desenvolvimento da Rede de Comunicação de Dados em Moçambique e Perpectivas para a Reforma de Gestão de Finanças Públicas.