reuniao 1O encontro realizado à margem das Reuniões Anuais do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) tinha como principal objectivo avaliar a implementação dos acordos de financiamento firmados no Compacto Lusófono, debruçar-se sobre o Programa de Trabalho de Meio Termo 2024-2027 e apresentar o novo membro do Compacto Lusófono, Brasil. Foram igualmente apresentados novos parceiros internacionais, Internacional Finance Corporatio (IFC) e African Trade and Investiment Development Insurance (ATIDI).

Chamados a partilhar as reformas em curso nos países,  a Vice-Ministra da Economia e Finanças, Carla Louveira fez saber que Moçambique está a implementar, com assistência técnica do Compacto Lusófono, reformas fiscais, normativas e legais, com destaque para aprovação do Fundo de Garantia Mutuária, Fundo Soberano de Moçambique e Boletins de Preços de Referência de Minerais, que colocam os minerais moçambicanos no seu valor devido e já numa primeira fase registou-se um aumento de 30% na receita de impostos do setor mineiro no último trimestre de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022.

reuniao 2A iniciativa do Compacto Lusófono centra-se em 3 pilares, tais são, os  instrumentos de financiamento para o sector privado; a assistência técnica e  a mitigação de riscos e garantias.

Intervindo na ocasião, Louveria referiu que Moçambique hoje em dia, é um país com maior número de projectos em carteira, no âmbito do Compacto Lusófono, sendo que actualmente tem 9 projectos, dos quais um já foi aprovado (Complexo Hidroeléctrico de Cahora Bassa). Há 7 projectos em estágio de pré-pipeline, nomeadamente a Produção e processamento de 5.000 toneladas de extracto de tomate, criação de um hospital dedicado à saúde da mulher e da criança na Matola, Projecto de Reflorestação de Chokwe, Parque Agro-industrial, Projecto de agricultura modular de 3.000 hectares, Projecto de Parque Eólico de 60 MW e o  Projecto de usina hidroeléctrica a fio d'água de 1.300 MW sublinhou a dirigente acrescentando que para além disso, o Compacto Lusófono aprovou um financiamento aos Caminhos de Ferro de Moçambique no valor 40 milhões de USD para infraestruturas e conta com um Fundo Fiduciário, uma iniciativa que está sendo estruturada pelo African Development Bank (AfDB) destinado a mobilizar recursos para melhoria de ambiente de negócios, assistência técnica para preparação e execução de projectos.