A Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) realizou na sexta-feira, dia 15 do corrente mês, uma mesa-redonda sobre nutrição e direitos humanos, no âmbito do natal solidário, na Quinta das Buganvílias, na cidade de Maputo.
O natal solidário deste ano contou com a colaboração do Ministério da Saúde (MISAU) e da Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH).
Refira - se que este é o terceiro ano consecutivo que a BVM apoia a Cooperativa Luana Semeia Sorrisos (COLUAS), uma agremiação sem fins lucrativos formada por um grupo de mulheres cujos filhos têm alguma deficiência e apoia 85 crianças de idades entre 5 aos 15 anos.
O evento foi marcado por vários momentos, desde a mesa-redonda sobre nutrição e direitos humanos, distribuição de cestas básicas e brincadeiras com crianças com necessidades educativas especiais e seus encarregados de educação.
Na ocasião, o Presidente do Conselho de Administração da BVM, Salim Cripton Valá, disse que a iniciativa tem como objectivo garantir a inclusão social e de género. "A BVM tem como missão organizar, gerir e manter o mercado secundário centralizado de valores mobiliários, mas não está focada exclusivamente no sistema financeiro. A BVM está preocupada com o bem estar da família e da sociedade. O objectivo é fazer as nossas crianças olharem para o futuro com esperança”.
Por seu turno, a chefe do departamento de Nutrição do MISAU, Marta Amaro, salientou a necessidade de prevenir a desnutrição crónica, através de uma dieta alimentar equilibrada: “nos primeiros seis meses, as crianças devem consumir apenas leite materno. Depois dessa idade, é importante optar por produtos naturais e evitar produtos processados, para prevenir a desnutrição crónica. Uma alimentação equilibrada vai garantir que a criança atinja seu máximo potencial de desenvolvimento”.
Numa outra intervenção, a representante da Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), Flora Quembo, referiu que o maior desafio está na implementação das leis de direitos humanos, ou seja, "nós temos leis internas que garantem os direitos das pessoas com deficiência. Porém, o maior desafio cinge-se na implementação dessas leis, continuamos a ter uma baixa cultura de direitos humanos a nível institucional e a nível das comunidades. Precisamos encorajar as comunidades para que possam conhecer seus direitos e poderem reclamar, assim como capacitar os agentes e funcionários do Estado em matérias de direitos humanos para que possamos ter um atendimento humanizado pois todos os seres humanos gozam dos mesmos direitos." disse Quembo.
Salim Valá encerrou a sua intervenção com um apelo às organizações para que se juntem a causa e prestem ajuda e solidariedade ao próximo.