O Ministro da Economia e Finanças, Max Tonela considera ser fundamental avançar -se com a criação de um Fundo de Garantia Mutuária que vai permitir a banca nacional disponibilizar recursos financeiros para fortalecer a capacidade de investimento a taxas de juros mais acessíveis para micro, pequenas e médias empresas que actuam nos sectores da agricultura, piscicultura, comercialização e processamento agrícola, turismo e habitação.
Max Tonela falava em Maputo, durante a sessão de abertura do workshop sobre o Fundo de Garantia Mutuária, plasmado na medida número 9, do Pacote de Medidas de Aceleração Económica (PAE), a fim de dar resposta a um dos principais obstáculos para o desenvolvimento das pequenas e médias empresas moçambicanas - o acesso e o elevado custo do financiamento.
O acesso ao crédito resulta no crescimento do sector privado. Este crescimento beneficia a economia, beneficia o país e automaticamente beneficia os bancos. O Governo assegurou uma linha de crédito no valor de 300 milhões de dólares americanos junto ao Banco Mundial para implementar a medida, que para além do fundo de garantia contará ainda com outros elementos complementares para o seu sucesso e sustentabilidade afirmou o ministro Tonela, acrescentando que é muito importante que estes instrumentos estejam alinhados com a realidade de cada uma das vossas instituições pois, durante a sessão de hoje, iremos partilhar convosco a estrutura dos componentes desta medida, o estudo de viabilidade do fundo e 3 casos de fundos similares implementados em Cabo Verde, Brasil e em Portugal.
O titular da economia e finanças frisou que faz parte dos objectivos da reunião também a recolha de subsídios sobre a viabilidade e operacionalização do fundo e seus componentes em cada um dos bancos representados. A próxima fase de implementação do fundo é a criação do plano de negócios no qual é fundamental acomodar todos os aspectos que irão viabilizar o projecto, provendo melhor acesso e taxas de juros a população, mas também uma solução adequada de custo de capital para os bancos para estes efeitos. Gostaria de poder contar com vossos sinceros contributos e subsídios para juntos trabalharmos em prol de uma nova realidade de mercado mais inclusiva e de um sector bancário mais dinâmico, finalizou o dirigente.
Tonela considera próximos passos a partilha da versão final do estudo com as contribuições que sairão do evento, onde a equipa irá realizar encontros técnicos alguns bancos individualmente para dar seguimento aos processos de due-dilligence e para refinar alguns aspectos da implementação.