A transformação digital do Sector Financeiro representa um marco incortornavel que o país deve abraçar para o alcance de um Sistema Financeiro Inclusivo, Sustentável rumo ao Desenvolvimento da Indústria Bancária baseado nas inovações crescentes observadas a nível das Tecnologias de Comunicação e Informação.
A informação foi avançada pela Vice-ministra da Economia e Finanças, Carla Louveira, em Maputo, durante a primeira Conferência sobre Banca, Serviços Financeiros e Seguros (BFSI) que visa colocar em destaque as inovações e práticas emergentes que prometem revolucionar o sector financeiro em Moçambique.
Como é de conhecimento, as Tecnologias de Comunicação e Informação (TICs) têm desempenhado um papel fundamental na maneira como os serviços financeiros vem sendo oferecidos, acessados e gerenciados a nivel global gerando ganhos de tempo, de custos e de comodidade no acesso aos mesmos, frisou.
A dirigente sublinhou que o encontro representa uma plataforma essencial para debater como abraçar a complexidade e ganhos que a transformação digital vem oferecendo na dinamização da actividade bancária e financeira em escala global e como incorporar seus princípios e oportunidades no tecido financeiro moçambicano adaptando-o a realidade, hábitos e costumes da economia moçambicana.
Para a Vice-Ministra, a inclusão financeira constitui um dos objectivos do Governo moçambicano liderado pelo Presidente da República Filipe Jacinto Nyusi, plasmado na Estratégia Nacional de Inclusão Financeira 2016-2022 e que assenta um dos seus principais pilares na garantia e melhoria da disponibilidade e acessibilidade de produtos e serviços financeiros de qualidade e adequados às necessidades da maioria da população moçambicana.
As reformas implementadas pelo Governo de Moçambique na esfera do sector financeiro vem criando condições para a existência de um ambiente legal e regulamentar propício para a materialização da transformação digital a nível dos serviços e produtos financeiros criados e oferecidos na economia moçambicana, anotou.
A dirigente garantiu igualmente que dados do Relatório da Inclusão Financeira ilustram que o país passou a contar com 31% da sua população com acesso a serviços financeiros bancários, 68,5% da sua população adulta com uma conta de moeda electrónica e com 99% de cobertura por agentes não bancários, 93% de cobertura por POS, 81% por caixas automáticas (ATM), 79% por agências bancárias e 71% por agentes bancários, reflectindo os avanços na transformação digital do sector financeiro moçambicano.
Discursando virtualmente, a Secretária Geral da União Internacional de Telecomunicações (ITU), Doreen Bogdan-Martin garantiu a colaboração internacional e a necessidade de adaptar as tecnologias emergentes para impulsionar o sector financeiro.
A Conferência promete estabelecer Maputo como um epicentro de discussões sobre o futuro digital do sector financeiro, congregando especialistas, investidores e decisores políticos em prol de um objectivo comum, "um sistema financeiro robusto e inclusivo, adaptado às necessidades do século XXI."