O Executivo e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) avaliam em Maputo, o desempenho anual de carteira de projectos do Governo financiados pelo BAD e a Estratégia do Banco para o País 2018-2022.
A avaliação conjunta reafirma e reforça a cooperação financeira do BAD orientada pela Estratégia aprovada em Junho de 2018, baseada em dois pilares que são o desenvolvimento de infra-estruturas e a transformação da agricultura.
Intervindo na ocasião, o Ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, sublinhou que o encontro decorre numa altura em que a economia mundial continua enfrentando choques nos mercados financeiros internacionais, trazendo repercussões severas sobre o crescimento global. Apesar dos diversos factores climáticos (chuva e seca) e a COVID 19, o país tem registado considerável estabilidade macroeconómica e política, que tem incentivado a atracção de maiores volumes de investimento nacional e estrangeiro incluindo a contribuição valiosa do BAD.
Aproveito o ensejo, para saudar calorosamente o BAD, pela pronta intervenção aquando do registo do Ciclone IDAI no país, tendo sido o primeiro parceiro a disponibilizar fundos de resposta a intempérie, bem como a flexibilidade deste Banco demonstrada na realocação de fundos da Estratégia 2018-2022, para actividades não planificadas decorrentes dos Ciclones IDAI e Kenneth, e para a Pandemia da COVID-19, frisou.
O timoneiro da Economia e Finanças, acrescentou que o evento decorre num momento especial em que Moçambique e BAD celebram quarenta e cinco anos de parceria, marcada por uma assistência financeira bastante significante para o desenvolvimento do país, cujo valor ascende a 2.5 biliões de dólares americanos, tendo a primeira operação iniciado no sector de estradas em 1977. Hoje, contamos com mais de 75 projectos, dos quais 22 projectos estão em curso com financiamento de cerca de 458.605 milhões de dólares americanos.
Por seu turno, o Representante Residente do BAD, Cesar Mba Abogo, disse que, a economia moçambicana está a recuperar, mas os choques nos últimos anos não conduziram ao esperado retrocesso da pobreza. Só a COVID-19, sem contar com os outros choques, exacerbou a desigualdade entre e dentro do país e levou mais pessoas para o limiar da pobreza, disse o dirigente, acrescentando que, o Banco está particularmente orgulhoso dos progressos que alcançámos juntos durante estes cinco anos do Country Strategy Paper (CSP) 2018-2022; do papel activo na promoção do desenvolvimento do norte do país; da resposta ao drama humanitário do Idai e Kenneth; da luta contra a COVID-19; e da sinceridade e transparência do nosso diálogo político para a promoção de reformas durante este período, ressaltou.