A Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) pretende admitir mais dezanove empresas no mercado, passando dos atuais onze para trinta, nos próximos quatro anos.
Com esta medida, a BVM pretende fazer face a um dos seus principais desafios que se prende com a necessidade de ver cotadas, mais empresas no mercado accionista e obrigacionista, bem como aumento da capitalização bolsista.
″Pretendemos também contribuir para o crescimento do financiamento ao sector privado, apostar na criação de novos produtos, serviços, mercados e instrumentos financeiros, bem como admitir a cotação às empresas do Sector Empresarial do Estado (SEE)″, disse Salim Valá, Presidente de Conselho de Administração (PCA) da instituição.
Valá falava ontem, em Maputo, no âmbito de visita de trabalho da Comissão do Plano e Orçamento (CPO) da Assembleia da República (AR) à BVM no contexto de fiscalização e supervisão que este grupo de deputados tem realizado às empresas públicas e instituições participadas pelo Estado.
Segundo o PCA, a BVM pretende criar mecanismos apropriados para atrair as Pequena e Médias Empresas (PME), promovendo a formalização da economia e a internacionalização das empresas moçambicanas.
″É neste contexto que estamos a equacionar a introdução de incentivos temporários direcionados às empresas cotadas na Bolsa de Valores, bem como ampliar e aprofundar a implementação de programa de capacitação e literacia financeira, em particular, sobre o mercado de capitais″, frisou.
Por seu turno, o presidente da Comissão do Plano e Orçamento, António Niquice, disse que os parlamentares estão interessados em ver a BVM a atrair cada vez mais empresas, sobretudo, as PME.
Niquice defende que as empresas do Sector Empresarial do Estado devem estar cotadas na bolsa como forma de obter vantagens de financiamento e visibilidade no mercado nacional e internacionalizar.
Explicou ainda que a visita tinha como objetivo verificar, dentre outros aspectos, o desempenho dos indicadores financeiros da empresa; as estratégias para dinamizar a economia nacional, o plano de comunicação e promoção, o quadro legal que regulamenta o funcionamento da instituição e os incentivos existente para estimular a poupança e o investimento.
″Estávamos interessados em saber mais sobre a admissão das Grandes, Pequenas e Medias Empresas (GPME) ao mercado bolsista, bem como a influência da BVM no desempenho das PME″, afirmou.