O Instituto Nacional de Estatística (INE) lançou recentemente, na sua sede, a plataforma de disseminação dos indicadores dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O acto foi dirigido pelo Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane.
Falando aos quadros, representantes dos Órgãos Delegados do INE e representante Adjunta do FNUAP, na qualidade de representante dos parceiros internacionais, Maleiane afirmou que a plataforma em referência, “responde ao compromisso de assegurarmos a integração nos Instrumentos Nacionais de Planificação, Monitoria e Avaliação, bem como ao desafio de produzir e disponibilizar relatórios sobre o progresso da Agenda 2030, sobre o Desenvolvimento Sustentável”.
O titular da pasta da Economia e Finanças instou os quadros do INE a trabalharem afincadamente na busca de um sistema estatístico nacional robusto. O Ministro Maleiane referiu-se ao Relatório sobre o Sector Público, apresentado na ocasião, destacando tratar-se de uma ferramenta importante que irá contribuir para melhorar a percepção sobre o conceito e o âmbito do Sector Público, “garantindo coerência no processo de produção de estatísticas macroeconómicas”, concluiu.
Por seu turno, a Presidente do INE, Mónica Magaua, destacou o facto de o INE ter completado 25 anos da sua existência tendo afirmado que “na verdade todo o tempo é de celebração, por isso, 25 anos sê-lo-ão, tanto mais que se supõe adquirida certa individualização na vida das pessoas ou das instituições."
A Presidente sublinhou ainda que a celebração das bodas de prata da instituição serve como forma de revalorizar e homenagear os seus funcionários, tanto os antigos, assim como os actuais. Entre outras actividades realizadas pelo INE ao longo de 25 anos, Magaua destacou algumas operações estatísticas a exemplo dos Censos da População e Habitação de 1997, 2007 e 2017, Agropecuários de 1999 e de 2009-2010, de Empresas de 2002 e de 2015, inquéritos aos orçamentos familiares, a montagem das Placas Informativas contendo o número total da população de cada província, a produção e disseminação dos Mapas Censitários nas Localidades, Postos Administrativos e Distritos.
Falando em nome dos parceiros de cooperação, a representante interina do FNUAP em Moçambique, Jenny Karlsen, reconheceu que uma estatística não é apenas um número, ela conta uma história humana. Fala sobre a saúde e o bem-estar das pessoas, problemas, perspectivas e circunstâncias socioeconômicas. Refere-se igualmente aos desafios e necessidades dos mais vulneráveis, especialmente mulheres e raparigas.
Ademais, “quando colectadas, analisadas e comunicadas de forma eficaz, as estatísticas podem promover o desenvolvimento sustentável, informar políticas, educar os cidadãos e garantir que ninguém seja deixado para trás, especialmente aqueles mais vulneráveis e frequentemente marginalizados”, sublinhou aquela individualidade.
Sobre a importância da plataforma, Karlsen referiu que por um lado, os utentes irão apreciar o progresso socioeconómico e, por outro, os prestadores de serviços públicos irão medir o cumprimento das suas acções em várias vertentes das suas respectivas intervenções. Considerou ainda que a plataforma irá contribuir para os processos de prestação de contas - transformando compromissos em acções e empoderando os cidadãos ao longo do caminho. “Com menos de 10 anos para o fim do prazo da Agenda 2030, não há tempo a perder”, concluiu.
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