O Ministério da Economia e Finanças, o Banco de Moçambique e Financial Sector Deepening Moçambique (FSDMOÇ) lançam em Maputo, a 3ª Edição do Relatório do Inquérito aos Consumidores de Serviços Financeiros-FinScope 2019.
Na ocasião a Vice-ministra da Economia e Finanças, Carla Louveira informou que o Governo de Moçambique está comprometido com a melhoria contínua dos níveis de inclusão financeira no País.
Dirigindo-se aos presentes a dirigente disse estar previsto, no Programa Quinquenal do Governo 2020-2024, o crescimento económico e social inclusivo como uma das prioridades de governação, bem como a implementação de reformas significativas no sector financeiro ao longo dos anos, e em consonância com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
Para a governante no quadro das medidas implementadas que visam a promoção da inclusão financeira destaca-se a aprovação da Estratégia Nacional de Inclusão Financeira 2016-2022, aprovada pelo Governo em 2016, no quadro da Estratégia para o Desenvolvimento do Sector Financeiro, que estabelece como metas a alcançar até 2022, 60% da população adulta com acesso físico ou electrónico a serviços financeiros prestados por uma instituição financeira formal, 100% dos distritos tenham, pelo menos um ponto de acesso aos serviços financeiros formais e 75% da população tenha um ponto de acesso aos serviços financeiros a menos de 5 km do local de residência ou trabalho, frisou.
Para Louveira o FinScope 2019 marca o terceiro ciclo em que o inquérito aos consumidores dos serviços financeiros é realizado no país, seguindo os de 2009 e 2014. Esta pesquisa espelha o panorama da inclusão financeira três anos após a implementação da ENIF. Os resultados que o estudo nos apresenta mostram que, no geral, o país observou uma melhoria na inclusão financeira, ao reduzir os níveis de exclusão financeira de 60% em 2014 para 46% em 2019, sublinhou a dirigente, acrescentando que, o estudo destaca igualmente o papel que os serviços financeiros móveis e de seguros têm desempenhado, na melhoria dos níveis de inclusão financeira, visto que os mesmos incrementaram de 4% em 2014 para 22% em 2019.
Por seu turno, a Administradora do Banco de Moçambique Gertrudes Tovela referiu que a sua instituição evoluiu significativamente no que tange à disponibilização de serviços financeiros, contudo, considera haver muitos desafios no âmbito da gestão e inclusão financeira no País.