No âmbito das celebrações do seu vigésimo aniversário, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidade (INGC) promoveu em Maputo, um simpósio sobre Estratégias para o Desenvolvimento Integrado das Zonas Áridas em Moçambique, visando encontrar as melhores alternativas para um aproveitamento integral do potencial existente nas zonas áridas e semiáridas predominantes em 27 distritos do país.
No evento foram organizados vários painéis, dentre os quais o painel de alto nível denominado resiliência climática e desenvolvimento das zonas áridas e semiáridas que teve a moderação do Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane.
Adriano Maleiane disse, na ocasião, ser “importante olharmos para zonas áridas e semiáridas como potenciais e procurarmos formas de produção com especial atenção na aquisição de sementes de qualidade e resistentes a esses tipos de clima, tendo em conta o décimo terceiro objectivo de desenvolvimento sustentável da agenda 2030. Este instrumento no chama a atenção para a reforçamos a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados com o clima e catástrofes naturais bem como a integração de medidas relacionadas com alterações climáticas nas políticas, estratégias e planeamentos nacionais”.
Por seu turno, o representante do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em Moçambique, Pietro Toigo, disse ser um dos grandes desafios responder aos desafios climáticos para construir economias e sociedades inclusivas e resilientes onde a comunidade internacional é chamada a dar respostas ao assunto de justiça climática.
Por seu turno, a directora-geral do INGC, Augusta Maita, disse que o seu organismo que está ciente dos desafios que as zonas áridas e semiáridas, pelas suas características. Porém acredita que há possibilidades de produção de algumas culturas que podem servir de fonte de rendimento e alimentação às populações. “Continuamos a aprofundar esta nossa reflexão ao longo de todo o ano, trazendo abordagens não só focalizadas para as zonas áridas, como também para as outras áreas da nossa intervenção como são os da prontidão, consolidação dos sistema de avisos prévio e aprimoramento do nosso sistema de logística para as emergências entre outros” afiançou.
O encontro que juntou membros do governo, parceiros de cooperação, académicos, o sector privado, consultores, peritos e especialistas de diversos ramos para auxiliarem o INGC na identificação de melhores alternativas para um aproveitamento das zonas áridas e semiáridas, destacando-se a presença do Primeiro – Ministro (PM), Carlos Agostinho do Rosário que apontou para a necessidade de mais esforços tendo em vista identificar formas mais científicas e tecnológicas para a utilização e gestão sustentável de recursos naturais nas zonas áridas e semiáridas, com enfoque à provisão de água, reflorestamento, controlo da erosão, bem como a recuperação e proteção das terras usadas.