O Plano Económico e Social de 2013 foi implementado num contexto da fraca recuperação da economia mundial, determinado pela continuação da crise na Zona Euro e de cheias e inundações registadas, no país, entre Janeiro e

princípios de Fevereiro de 2013. Em resposta a esta calamidade, o Governo está ainda a implementar de forma faseada, por três anos consecutivos, o Plano de Reconstrução pós-Calamidades, cujo custo global ascende a 15 mil milhões de Meticais, sem contabilizar os danos que estão ainda a registar-se no presente ano.

Esta informação foi dada hoje, 28, em Maputo, pelo Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, na abertura da Décima Quinta Sessão Plenária do Observatório de Desenvolvimento, que visa partilhar e debater as principais realizações do Plano Económico e Social de 2013.

Como resultado das cheias, disse o Ministro, diversas infra-estruturas do tecido socioeconómico foram destruídas o que levou o Governo a rever em baixa a projecção do crescimento económico de 2013, de 8,4%, inicialmente projectados no PES 2013, para 7,0%.

Dados preliminares indicam que o País logrou alcançar uma taxa de crescimento real de 7,5%. A taxa de inflação média anual foi de 4,2%, abaixo dos 7,5% previstos, decorrente entre outros factores, da implementação de medidas para atenuar o custo de vida.

A par dos progressos na área económica, o país registou importantes avanços na área social, com destaque para os progressos já alcançados nas Metas do Desenvolvimento do Milénio sobre a Paridade de Género no Ensino Primário do 1° Grau e na redução da mortalidade infantil e infanto-juvenil, havendo ainda, potencialidades para atingir as metas sobre a redução da pobreza e sobre a educação primária universal.

“Os progressos registados não se circunscrevem apenas nas áreas que acabamos de mencionar, como também na promoção da boa governação, transparência e no aprimoramento permanente dos mecanismos do diálogo entre o Governo, sector Privado e a Sociedade Civil, sendo a realização deste Observatório do Desenvolvimento um dos exemplos claros neste domínio”, disse o Ministro.

No encontro, a sociedade civil reconheceu o esforço do Governo e apelou para continuar a prestar mais atenção ao sector da saúde com vista a melhoria do acesso e da qualidade dos serviços de saúde através, dentre outras acções, do aumento de recursos para este sector, a garantia de stocks dos medicamentos básicos, a intensificação das acções e condições para a humanização da saúde, aumento de unidades sanitárias de prestação de cuidados primários e secundários e inspecção da qualidade dos medicamentos importados.